Referência em dezembro é compromisso! Plenária indica rodada de assembleias e mobilização!  

Unidades devem debater conjuntura e propostas de paralisação e manifestação em frente à reitoria durante o CADE de 19/11

Com a presença de cerca de 150 pessoas, de diversos campi, a Plenária Estadual do Sintunesp, realizada em formato online, expressou a indignação da categoria das servidoras e servidores técnico-administrativos da Unesp com o rumo das discussões em torno à arrecadação do ICMS e do orçamento da Universidade. Assim como havia ocorrido no CADE em setembro, a sessão do Conselho Universitário, em 30/10, foi marcada pela cobrança da representação do Chapão Sintunesp/Associações quanto à manutenção da referência prevista no orçamento deste ano para dezembro.

Mais uma vez, a ideia difundida é que os técnico-administrativos são os grandes responsáveis pelo ‘aperto’ orçamentário que deriva do provável não cumprimento da projeção de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 2025. O grande ‘erro’ cometido pela gestão da Universidade, conforme dito e repetido pelo assessor-chefe da Propeg, Rogério Luiz Buccelli, teria sido o pagamento de quatro referências, distribuídas entre 2023 e 2024, dentro do processo de equiparação.

A responsabilidade para a crise que pode vir adiante, portanto, seria dos técnico-administrativos da Unesp. Como isso pode ser verdade, quando lembramos que os pisos pagos à categoria ainda são mais baixos que os da USP e que estamos sem carreira há mais de 10 anos? Na realidade, somos motivos de grande economia para a Universidade!   

A referência prevista para dezembro – mais uma etapa na justa equiparação dos nossos salários com as coirmãs – passou a ser o grande vilão da história. Para o Sintunesp, a adoção desse discurso tem o claro objetivo de jogar uma nuvem de fumaça sobre o debate e fomentar a divisão entre os três segmentos que compõem a Universidade. A isonomia entre os pisos salariais é realidade inquestionável para a categoria docente, de modo absolutamente justo, mas parece ser um luxo quando se fala da categoria dos técnico-administrativos. Por que? Fazer justiça com todos os trabalhadores da Universidade – docentes e técnico-administrativos – e com os estudantes é o mínimo que se espera de uma gestão democrática e progressista. Menos que isso é discriminação. A equiparação dos técnico-administrativos da Unesp com as coirmãs, inclusive, vem ocorrendo aos poucos, de forma negociada, pois a categoria concorda que, embora justo, não é possível fazer essa necessária reparação histórica de uma só vez.

A referência inscrita na peça orçamentária deste ano, devidamente aprovada pelo CO, foi mais um passo – modesto, aliás – na equiparação. Não vamos aceitar retrocessos! É preciso avançar!

Cobrada insistentemente pelos representantes da categoria no CO, a reitora Maysa Furlan esquivou-se de dar uma resposta conclusiva, jogando-a para a próxima sessão do CADE, em 19/11. 

Comissão de Orçamento reafirma direito

Na Plenária de 31/10, os representantes do Chapão Sintunesp/Associações na Comissão de Orçamento do CADE deram informes sobre como foi a reunião com a reitoria em 29/10. Marco Aurélio Alves Rezende e Alexandre Domene relataram que a comissão foi unânime em defender a aplicação da referência e reafirmar que cabe à reitora, como ordenadora de despesas, a decisão se o direito será respeitado ou não.

Na reunião, a Comissão apresentou cinco cenários para o orçamento da Unesp em 2026: em quatro deles, a referência de dezembro está garantida; em um deles, que não prevê a referência, a proposta é de congelamento da correção em TODOS os setores.

Todas e todos às assembleias

Diante desse cenário, os presentes na Plenária Estadual foram unânimes em apontar o caminho da mobilização. Vamos à luta em defesa dos nossos direitos. Até 12/11, as unidades devem realizar assembleias com a seguinte pauta:

- Avaliação da conjuntura: arrecadação do ICMS, reforma administrativa, reforma tributária (em breve, o Sintunesp divulgará mais detalhes sobre esses três pontos, para subsidiar os debates).

- Indicativo de paralisação nos campi e realização de ato público em frente à reitoria no dia 19/11, próxima sessão do CADE.

Datas, horários e deliberações das assembleias devem ser informados para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.