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A última rodada de assembleias convocada pelo Sintunesp, encerrada em 12/11, foi um termômetro da enorme indignação que toma conta da categoria de servidoras e servidores técnico-administrativos da Unesp. Realizadas em 17 campi, elas debateram a conjuntura – os ataques contidos na reforma administrativa e os riscos ao financiamento das universidades com a reforma tributária – e a ameaça de não aplicação em dezembro da referência consignada na peça orçamentária deste ano.
Em todas as assembleias, foram aprovadas atividades no dia 19/11, quando ocorrerá nova sessão do CADE. Em várias delas, foram aprovadas caravanas para o ato público na frente da reitoria neste dia e paralisação nos campi. Em paralelo, serão realizadas atividades locais, como panfletagens, reuniões para acompanhar a transmissão da sessão e outras. A proposta de ‘estado de greve’ também foi aprovada em algumas assembleias.
“Falação fastidiosa que está sempre repisando as mesmas ideias; enumeração longa e cansativa; repetição monótona e tediosa de queixas e recriminações; lenga-lenga.”
A definição de ladainha no dicionário Michaelis traduz com perfeição a sequência de falas insidiosas contra a categoria técnico-administrativa da Unesp durante as últimas sessões dos órgãos colegiados centrais. Como num passe de mágica, o processo de equiparação dos nossos salários com os pagos nas universidades coirmãs – que se arrasta há quase 15 anos e ganhou algum fôlego nos últimos anos – passou a ser o grande vilão do provável aperto financeiro que virá com o não cumprimento da projeção de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 2025.
O pagamento de quatro referências, distribuídas entre 2023 e 2024, nas palavras do assessor-chefe da Propeg, Rogério Luiz Buccelli, seria um “erro” e o grande responsável pelas dificuldades financeiras que a instituição pode enfrentar a partir de agora. Assim, jogar sobre os técnico-administrativos o ônus da possível dificuldade financeira passou a ser defendido como solução “natural”. Cortar a referência consignada na peça orçamentária deste ano, devidamente aprovada pelo Conselho Universitário, aparece como única medida diante do problema. Nada mais será cortado, nada mais será questionado.
A lenga-lenga repetida à exaustão busca confundir a comunidade universitária. É fácil eleger um bode expiatório e omitir dos fatos a realidade: Diferente do que ocorre com a categoria docente, os pisos pagos aos técnico-administrativos da Unesp ainda são mais baixos que os da USP e estamos sem carreira há mais de 10 anos. Na realidade, somos motivos de grande economia para a Universidade!
Se há preocupações com o comportamento da arrecadação do ICMS e as consequências para o orçamento da Universidade, é preciso analisar os fatos em seu conjunto e buscar adequações que mantenham os investimentos em patamares possíveis e preservem os direitos dos servidores e dos estudantes. Em meio à reforma tributária, é mais do que hora da gestão da Unesp, junto com as coirmãs, colocar-se publicamente em defesa de recursos adequados, mostrando que os repasses orçamentários ficaram muito aquém do expressivo crescimento que tivemos nas últimas décadas. É hora da gestão da Unesp explicitar publicamente que a Universidade é a que mais cresceu e se expandiu desde o início dos anos 2000, e que precisa de mais recursos para seguir adiante.
Atacar um dos segmentos que mantêm a instituição viva e funcionando com qualidade é injusto e inaceitável! A reitora Maysa Furlan, eleita com largo apoio da comunidade, vai dar seu aval a este ataque odioso e discriminatório contra os servidores técnico-administrativos da Unesp? Essa será a marca da sua gestão?
Não vamos aceitar retrocessos! É preciso avançar na equiparação! Isonomia tem que ser direito de todos!
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