Ato em frente à reitoria, paralisação e atividades nos campi marcaram a defesa da equiparação  

Ato em frente à reitoria, paralisação e atividades nos campi marcaram a defesa da equiparação   

Não aceitamos retrocessos! Até 28/11, rodada de assembleias para deflagrar a greve a partir de 1º/12

A sessão do CADE destinada à discussão da peça orçamentária de 2026 foi marcada pela mobilização das servidoras e dos servidores técnico-administrativos da Unesp. Em frente à reitoria, um combativo ato público reuniu manifestantes de várias unidades, com o apoio do Diretório Central de Estudantes (DCE) Helenira Resende, e com a animada presença da bateria estudantil do Instituto de Artes (IA). Em boa parte das unidades, houve paralisação, distribuição de panfletos e reuniões para acompanhar a sessão.

Foi um dia de luta intensiva para fazer valer um direito: o pagamento de uma referência em dezembro, dentro do processo de equiparação com as coirmãs, que havia sido aprovada na peça orçamentária deste ano. Como já divulgado pelo Sintunesp, frente ao provável aperto financeiro que virá com o não cumprimento da projeção de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 2025, a “solução” apontada pela reitoria é o corte da referência.

Na proposta de orçamento para 2026, apresentada no CADE em 19/11, a referência não aparece. O restante da proposta praticamente não foi impactado por nenhum corte ou redução expressiva. Ou seja, a categoria de servidores técnico-administrativos foi “eleita” o bode expiatório da vez.

“Algumas rubricas deveriam ter aumento especial, como é o caso da permanência estudantil e da equiparação, mas o que vemos é o contrário. Somente a referência dos servidores foi cortada da peça orçamentária proposta para 2026”, criticou Alberto de Souza, coordenador político do Sintunesp, durante o ato. Vários servidores e estudantes falaram durante a atividade. “Temos um governo hostil às universidades, que sempre quer cortar verbas, mas é preciso que a reitoria se posicione contra isso, em vez de cortar dos trabalhadores e dos estudantes”, disse Marta Gomes Kobaiashi, coordenadora geral do DCE.

 

Proposta substitutiva

Durante as discussões da proposta orçamentária de 2026, os representantes do Chapão Sintunesp/Associações na Comissão de Orçamento do CADE, Marco Aurélio Alves Rezende e Alexandre Domene apresentaram uma proposta alternativa, prevendo o pagamento da referência a partir de fevereiro. Eles levaram em conta o fato de que, após a retirada da referência da peça orçamentária de 2026, a redução de gastos (em torno de R$ 80 milhões) foi substituída por outros itens, de modo que o déficit inicialmente previsto se manteve praticamente nos mesmos patamares.

Para garantir a referência de fevereiro em diante, Marco Aurélio e Alexandre defenderam mudanças em algumas rubricas (especialmente no projeto 50+), com isso mantendo o déficit em valores pouco acima do previsto na proposta de orçamento defendida pela reitoria para 2026. Eles lembraram que, nos últimos três anos, os itens de investimentos foram ampliados além da previsão orçamentária, o que certamente contribuiu para a situação atual.

A proposta substitutiva, como foi denominada pela mesa, apresentada pelos representantes dos servidores, foi à votação. Caso fosse aprovada, cairia a proposta original da reitoria para o orçamento 2026. O resultado foi de 11 votos contrários à substitutiva, 9 favoráveis e 3 abstenções. Como eram necessários 12 votos para que houvesse um vencedor na votação, conforme explicado pelo secretário-geral, professor Erivaldo Antonio da Silva, o resultado não foi considerado. Com isso, a matéria voltará à discussão e votação numa nova sessão do CADE, provavelmente em 3/12.

Assembleias devem avaliar indicativo de greve para 1º/12

Conforme já indicado pelo Sindicato, as servidoras e os servidores devem avaliar e se posicionar sobre o indicativo de GREVE a partir de 1º/12, em assembleias a serem realizadas até 28/11. Datas, horários e deliberações das assembleias devem ser informados para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Queremos que a reitoria reveja o corte da referência e cumpra o que está consignado na peça orçamentária deste ano, devidamente referendado pelo Conselho Universitário.

Atacar um dos segmentos que mantêm a instituição viva e funcionando com qualidade é injusto e inaceitável! A reitora Maysa Furlan, eleita com largo apoio da comunidade, pode e deve garantir o direito dos servidores técnico-administrativos e recuar nesse ataque odioso e discriminatório contra a categoria.


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