Hora de mobilizar pelas nossas reivindicações: Assine carta aberta dos servidores e das servidoras da Unesp!

Hora de mobilizar pelas nossas reivindicações: Assine carta aberta dos servidores e das servidoras da Unesp!

Estamos em processo de mobilização em defesa dos nossos direitos e das nossas reivindicações. Em conjunto com os demais segmentos, no âmbito do Fórum das Seis, estamos em luta para que o Conselho de Reitores (Cruesp) receba as entidades sindicais para discutir a nossa Pauta Unificada 2022; nossa data-base é maio e, até agora, os reitores seguem ignorando os pedidos de reunião enviados pelo Fórum das Seis, que também solicita o início do funcionamento do grupo de trabalho (GT) acordado entre as partes para discutir a reposição das perdas históricas: de maio/2012 até agora, o não pagamento da inflação integral do período corresponde a 16,5 salários não recebidos, ou seja, quase um ano e meio trabalhado de graça!

Mas não é só! Nossa categoria tem reivindicações específicas, que se relacionam à carreira, à equiparação com o pessoal da USP, entre outras. Também temos que avançar na mobilização por estes direitos!

Os servidores e as servidoras do campus de Marília aprovaram em assembleia a redação de uma carta aberta para chamar a atenção para o que estamos reivindicando. O Sintunesp aplaudiu a iniciativa e decidiu levá-la a todos os campi. Para participar, é muito fácil. Você precisa apenas acessar o link https://sintunesp.org.br/pt/abaixo-assinado e assinar! Depois, ajude a espalhar e passe adiante!

A seguir, veja o conteúdo da carta: 

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Carta aberta dos servidores e das servidoras técnico-administrativos/as da Unesp

À gestão da Unesp. A todos e todas que se importam com a qualidade da educação pública e com os direitos do funcionalismo

Ao longo da última década, o funcionalismo das universidades estaduais paulistas tem sofrido com arrocho salarial e perda de direitos. Por vários anos, as reposições salariais, quando concedidas, ficaram muito abaixo da inflação. Ainda que os boletins sindicais apontem para a necessidade de um reajuste de 21,54% (em julho/2022) para recuperarmos o nosso poder aquisitivo de dez anos atrás, há outros fatores a serem considerados, que influenciaram severamente para o declínio na perspectiva de renda dos servidores técnicos- administrativos da Universidade.

O Plano de Carreira (ADP), que nos possibilitava a incorporação de uma referência (5% em nossos salários) a cada três anos, desde que cumpridos todos os requisitos, encontra-se suspenso desde 2014. Neste interstício, uma parte dos servidores teria a possibilidade de acesso a até três promoções, ou seja, a 15,76% de ganho salarial. As discussões acerca de um novo Plano de Carreira têm se alongado e, com isso, nossas perdas se acumulam. O mesmo não observamos em relação à carreira docente, visto que aos colegas professores e pesquisadores foi restabelecido o direito de progressão horizontal, o que permite aos docentes acessarem o nível ao qual teriam direito durante o período em que a carreira permaneceu suspensa.

Também permanece suspensa a promoção vertical, por escolaridade formal, pela qual o servidor recebe uma referência de 5% quando apresenta formação superior à exigida para a sua função, enquanto a progressão na carreira docente continua sendo aplicada.

Ainda, os salários dos servidores técnicos-administrativos da Unesp são inferiores aos dos colegas da USP e da Unicamp, existindo uma diferença nos salários iniciais de até 41,56% para as mesmas funções em relação à USP. Enquanto isso, os salários iniciais dos docentes da Unesp estão devidamente equiparados, até os centavos, com os dos docentes da USP e da Unicamp.

Soma-se aos prejuízos acima mencionados a extinção da incorporação das gratificações. Apesar de todo o funcionalismo da Universidade ter sido impactado com o término daquela prerrogativa, mediante a qual incorporavam-se 10% das gratificações a cada ano de exercício da função gratificada, tal impacto é proporcionalmente maior para os servidores técnicos e administrativos, visto que os salários da categoria são menores e, portanto, as gratificações representam um percentual bastante considerável na composição da nossa renda.

Com a defasagem de contratações, acúmulo de serviço e inexistência de um plano de carreira, os servidores têm atravessado um momento difícil, marcado por trabalhadores insatisfeitos, desmotivados e acometidos de problemas de saúde.

Frente a isto, a motivação é um fator relevante, pois problemas com insatisfação profissional são frequentes em nossa Universidade. É importante entender quais fatores determinam a satisfação dos servidores, aplicar uma ferramenta eficaz de gestão de pessoas e investir na infraestrutura administrativa e capacitação permanente dos profissionais, propiciando um ambiente de trabalho eficiente e produtivo, com possibilidades de desenvolvimento profissional além de um plano de Carreira.

As ponderações acima denunciam um verdadeiro desmonte da carreira dos servidores técnicos e administrativos da Unesp. Parte considerável da folga no orçamento da Universidade deve-se justamente às perdas mencionadas, ou seja, a Unesp tem feito uma economia considerável com o bloqueio de nossas carreiras. Portanto, julgamos necessária a implementação de medidas que visem reduzir nossas perdas. Por hora, solicitamos a concessão das três referências às quais a maioria de nós teria direito desde a suspensão do ADP, visto que prerrogativa similar foi concedida ao corpo docente, bem como a retomada do plano de isonomia salarial entre os servidores técnicos e administrativos da Unesp e da USP, e a aplicação imediata do Plano de Carreira conforme aprovado pelo CADE da Universidade.

Setembro de 2022

Servidores e servidoras técnico-administrativos/as da Unesp


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