Sexta, 11/3, 14h, tem assembleia do Sintunesp para avaliar proposta do Cruesp e indicativos do Fórum das Seis. É hora de avançar

Sexta, 11/3, 14h, tem assembleia do Sintunesp para avaliar proposta do Cruesp e indicativos do Fórum das Seis. É hora de avançar

Conforme amplamente divulgado, na negociação de 7/3 entre Conselho de Reitores (Cruesp) e Fórum das Seis, foi proposto um índice de 20,67% em março/2022, a ser pago nos salários de abril/2022.

Seguindo indicativo do Fórum das Seis, o Sintunesp convoca assembleia geral para sexta-feira, 11/3, às 14h, para avaliar a proposta do Cruesp. O link é meet.google.com/rhn-gfuz-kxo

No dia 14/3, o Fórum voltará a se reunir para compilar o retorno das assembleias das categorias das três universidades. Ficou acordada com o Cruesp a realização de uma nova reunião em breve, para apresentação deste retorno. O indicativo do Fórum é de paralisação no dia da nova reunião, cuja data ainda será divulgada.

A seguir, confira um resumo do que foi proposto pelo Cruesp na negociação de 7/3, a avaliação das entidades que compõem o Fórum das Seis e os pontos em que queremos avançar:

1) O Cruesp apresenta um índice de 20,67%, referente à inflação de maio/19 a fevereiro/22, medida pelo IPC/FIPE, a partir de março/22, a ser pago em abril/22.

O Fórum das Seis avalia que o percentual acata a reivindicação apresentada, de 20% de reajuste imediato, o que é inegável fruto da pressão e da indignação das categorias organizadas em seus sindicatos, mas não contempla a retroatividade a janeiro/22. O índice é positivo, mas falta a retroatividade a janeiro/2022.

2) O Cruesp dá por encerrada a data-base 2022: O comunicado diz que os reitores se comprometem “a incluir os meses de março/2022 e abril/2022 na discussão do reajuste salarial na data-base de 2023”.

O Fórum das Seis lembra que a Pauta de Reivindicações de 2022 sequer foi discutida pelas categorias. Quando isso ocorrer, ela será formatada e apresentada ao Cruesp. A expectativa das entidades que compõem o Fórum das Seis é que o clima de cordialidade e de abertura ao diálogo, visível na negociação de 7/3, não tenha sido apenas episódico, e que a mesa de negociação esteja aberta ao debate da Pauta 2022.

Em 2020, a data-base foi suspensa por iniciativa do Fórum, devido ao início da pandemia; em 2021, embora existissem recursos, não houve avanço por iniciativa dos reitores, que se basearam na interpretação de que a LC173/2020 impediria as negociações, com o que as assessorias jurídicas das entidades sindicais não concordavam. Após dois anos de ausência de negociações efetivas, o mínimo que se espera é que elas ocorram plenamente em 2022.  

3) O Cruesp não aborda duas questões centrais reivindicadas pelo Fórum das Seis: a discussão de um plano para a recuperação do restante das perdas e um plano para a valorização dos níveis iniciais das carreiras.

Pelas contas do Fórum das Seis, em janeiro/2022 seria necessário um reajuste de 40,61% para devolver aos salários o poder de compra que tinham em maio/2012 (nossa referência). Com a aplicação do índice de 20,67% agora, o Fórum entende que é preciso estabelecer um processo de discussão do restante das perdas.

Da mesma forma, é preciso criar mecanismos para discutir e apresentar propostas para a valorização dos níveis iniciais das carreiras de docentes e de técnico-administrativas/os. Essa reivindicação, que vinha sendo discutida há alguns anos pelas entidades do Fórum das Seis, foi incorporada formalmente à Pauta de Reivindicações em maio/2021. Desde então, vimos solicitando a discussão, elaboração e implementação de uma proposta que valorize os níveis iniciais de ambas as carreiras. O Fórum das Seis já apresentou propostas concretas para as duas carreiras. No caso das/os técnico-administrativas/os, a adição de um mesmo valor (parcela fixa) ao salário base de todos os níveis; e, para os docentes, duas propostas alternativas, uma que fixa a diferença entre os salários em um mesmo percentual (7%) e outra que acrescenta valores diferenciados aos salários base, sendo um valor maior para o nível MS3.1 e o menor para o nível MS5.3.

As duas reivindicações – negociação do restante das perdas históricas e da valorização dos níveis iniciais das carreiras – foram repetidas várias vezes pelos representantes do Fórum na negociação de 7/3 e houve a sinalização, por parte dos reitores, de que o grupo de trabalho criado em 2021, e que não avançou, seria retomado de forma efetiva, com a presença de representantes do Cruesp com poder de negociação. No entanto, estes pontos não aparecem no Comunicado do Cruesp.

O Fórum das Seis reivindica a imediata retomada deste GT, com o compromisso da apresentação de todos os dados relativos às folhas das universidades e com calendário claro para o funcionamento e término dos trabalhos.


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