Ômicron e atividades presenciais: Reunião ampliada entre Adunesp e Sintunesp indica formação de grupos locais de acompanhamento pela comunidade

Ômicron e atividades presenciais: Reunião ampliada entre Adunesp e Sintunesp indica formação de grupos locais de acompanhamento pela comunidade

A iminência do retorno às aulas presenciais e o cenário pandêmico ainda grave – com recordes diários de novos casos causados pela variante ômicron e aumento do número de óbitos – ampliam as preocupações da Adunesp e do Sintunesp com a segurança sanitária de servidores docentes, técnico-administrativos e estudantes.

Para discutir a situação e medidas de envolvimento da comunidade acadêmica, as entidades realizaram uma reunião ampliada, em 11/2/2022, com a presença dos representantes do Chapão Adunesp e do Chapão Sintunesp/Associações no grupo de trabalho montado pelo CEPE para discutir os impactos da pandemia (o ‘GT Pandemia’). Também foram chamados representantes dos chapões em todos os colegiados centrais, representantes das entidades sindicais nos campi e demais interessados.

Na sessão do Conselho Universitário (CO) realizada na véspera, havia sido confirmada a intenção da Universidade de retomar as aulas presenciais a partir de 7 de março. Na mesma sessão, o professor Carlos Magno Fortaleza e a médica Ludmila Cândida de Braga, do Comitê Central Unesp Covid-19, deram informes sobre a situação da pandemia. Segundo eles, embora os dados mostrem que os indicadores ainda são preocupantes – a taxa de reprodução do vírus segue acima de 1 em todos os municípios onde há Unesp e os leitos de UTI Covid estão com ocupação além de 60% na maior parte deles –, a avaliação é que as perspectivas de queda no ritmo de contaminações e de óbitos se concretizem nas próximas semanas. Essa previsão, segundo Fortaleza e Ludmila, baseia-se na comparação com países que tiveram a chegada da ômicron antes do Brasil, como África do Sul e Reino Unido.

Na reunião ampliada de 11/2, vários dos presentes fizeram uso da palavra para descrever a situação em seus campi. Destas falas e, também, a partir de dados recebidos anteriormente, chegamos às seguintes conclusões:

- Embora o Comitê Central Unesp Covid-19 tenha recomendado, inclusive com a expedição de portarias pela reitoria, que as aulas presenciais estejam suspensas até 6/3 e que os servidores devam ser prioritariamente colocados em teletrabalho até esta data, isso aconteceu somente no prédio da reitoria e em algumas unidades. Há várias unidades que mantêm os servidores técnico-representativos – que poderiam exercer as suas atividades remotamente – em trabalho presencial integralmente, apesar de não haver aulas presenciais ainda. Em algumas, há revezamento e/ou teletrabalho para parcela dos técnico-administrativos.

- É preciso rediscutir os critérios para afastamento dos servidores contaminados para melhorar a segurança sanitária de todos.

-  A não exigência de uso de máscaras PFF2 ou N95 – que, segundo os especialistas, são as únicas capazes de impedir a contaminação pela ômicron – deixa a comunidade fragilizada.

Diante desse cenário, o coletivo da Adunesp e Sintunesp deliberou reivindicar que sejam tomadas as seguintes medidas:

1) Como já solicitado seguidas vezes, que a reitoria emita diretriz determinando que as unidades devem seguir as recomendações do Comitê Central Unesp Covid-19, entre elas o afastamento de todos para o teletrabalho até 6/3;

2) Que o Comitê emita recomendação expressa pelo uso das máscaras adequadas por todos (PFF2 ou N95), e que a reitoria as custeie;

3) Que as unidades estabeleçam, divulguem e fiscalizem o cumprimento dos critérios para ingresso de pessoas da comunidade externa no campus;

4) Que os não vacinados (dos três segmentos) sejam efetivamente proibidos de ingressar nos campi;

5) Que as regras para afastamento dos contaminados continuem sendo as da OMS;

6) Garantia de testagem de todos os que tiverem contato com pessoas contaminadas;

7) Que o Comitê divulgue periodicamente os números atualizados de contaminações e óbitos na comunidade unespiana.

Formação de grupos locais

A reunião de 11/2 concluiu ser fundamental o envolvimento da comunidade no acompanhamento das informações e no combate à pandemia. Para isso, Adunesp e Sintunesp indicam que sejam feitas reuniões locais entre os interessados, tendo à frente as representações das entidades sindicais nos campi, para formar grupos que façam o levantamento minucioso da situação em cada unidade, com a finalidade de estabelecermos referenciais para avaliar e, se for o caso, tomar as medidas cabíveis para garantir a segurança sanitária da comunidade unespiana e da população que utiliza nossos serviços.

Nova reunião

Uma nova reunião está agendada para 18/2, sexta-feira, às 14h, para a qual estão convidados os membros dos chapões no ‘GT Pandemia’ e em todos os colegiados centrais, representantes sindicais locais e demais interessados.

O link será amplamente divulgado.


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