Assembleia do Sintunesp aprova por unanimidade: Sem negociação efetiva do reajuste, não vamos iniciar o semestre letivo

Assembleia do Sintunesp aprova por unanimidade: Sem negociação efetiva do reajuste, não vamos iniciar o semestre letivo

Com boa participação de servidoras e servidores técnico-administrativas/os de quase todos os campi da Unesp, a assembleia geral realizada pelo Sintunesp em 8/2 foi unânime em aprovar os indicativos de mobilização sugeridos pelo Fórum das Seis: se os reitores não negociarem seriamente as reivindicações das entidades, não devemos iniciar o semestre letivo. A assembleia também aprovou a participação em eventuais atos e manifestações que venham a ser convocados pelo Fórum.

Organizados em seus respectivos sindicatos, servidoras/es docentes e técnico-administrativas/os das três universidades estão realizando assembleias nesta semana para avaliar os indicativos de mobilização. Na próxima semana, o Fórum das Seis volta a se reunir para tabular os resultados de todas as assembleias e aprovar novos encaminhamentos conjuntos.

O que queremos

A última vez em que houve algum reajuste nas universidades estaduais foi em maio de 2019 (2,2%). Levantamento feito pelo Fórum das Seis mostra que, de maio/2012 a dezembro/2021, tivemos um total de 27,01% de reajuste. Neste mesmo período, no entanto, a inflação acumulada (medida pelo INPC/IBGE) foi de77,46%.

Ou seja, para termos de volta o poder de compra que os salários possuíam em maio/2012, precisaríamos de um reajuste de 39,72% em dezembro/2021. Note-se que não estamos falando de aumento real, mas apenas de reposição de perdas.

Como não houve negociação, de fato, em 2021, o Fórum das Seis atualizou estes números e apresentou ao Conselho de Reitores (Cruesp) as seguintes reivindicações:

  • Reajuste, a partir de janeiro 2022, de 20% para recuperação parcial da perda acumulada desde maio/2012;
  • Negociação de um plano de reposição para zerar as perdas restantes, relativas ao período de maio/2012 a abril/2022, com a perspectiva de concluir a discussão deste plano ainda na data-base de 2022; e da valorização dos níveis iniciais das carreiras, com base nas propostas do Fórum das Seis.

O que dizem os reitores

Até este momento, apenas enrolam.

Com todo esse arrocho, de um lado, e a boa performance da arrecadação do ICMS durante a pandemia, de outro, a situação financeira das universidades é bastante confortável.

Unesp, Unicamp e USP fecharam 2021 com um comprometimento médio de 66,84% com folha de pagamento. É o menor comprometimento desde o advento da autonomia universitária, em 1989.

Em 2020 e 2021, os reitores apoiaram-se nas limitações impostas pela Lei Complementar (LC) 173/2020, a lei federal que regulamentou a ajuda federal aos estados e municípios e, em contrapartida, proibiu a concessão de reajustes salariais e de benefícios no período de 28/5/2020 a 31/12/2021. Ocorre que a vigência da lei já acabou e NADA justifica a manutenção desse terrível arrocho salarial, que se agrava a cada dia, pois a inflação só faz crescer!

Chega de enrolação, senhores reitores! Negociem seriamente com o Fórum das Seis!


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