Repúdio às pichações fascistas em Marília e Presidente Prudente: Ódio, intolerância e covardia!  

Repúdio às pichações fascistas em Marília e Presidente Prudente: Ódio, intolerância e covardia!   

O Sintunesp e a Adunesp se juntam a todos/as que manifestaram seu repúdio às ações de fascistas que picharam os campi da Unesp em Marília e Presidente Prudente com frases de cunho racista, e preconceituoso, permeadas por um discurso de ódio que explicita a miséria ética, política e moral desses grupos.

Em Marília, ameaças e expressões fascistas contra um discente foram inscritas em banheiro da instituição, ao mesmo tempo em que ofensas etaristas foram espalhadas em mensagens contra docentes. Em Prudente, símbolos e expressões nazistas, entre eles a suástica e a frase ‘Hi Hitler’, foram pichados nas paredes do Diretório Acadêmico da unidade. Nos dois campi, os ataques foram perpetrados sob o manto do anonimato e da covardia, características habituais dos que destilam ódio e intolerância.

Fazemos coro com a indignação de todas as pessoas que não compactuam com nenhum tipo de discriminação racial, social ou de gênero. A história recente do país compôs e estimulou um cenário de banalização da violência e da discriminação, induzindo fascistas enrustidos e racistas de todos os matizes a exporem com mais tranquilidade a sua estupidez e desumanidade.

Episódios como estes enxovalham os valores civilizatórios mais fundamentais e nos advertem que ainda não alcançamos patamares mínimos que garantam padrões aceitáveis de respeito à dignidade humana em nossa convivência social.

Em nota pública, a direção do campus de Prudente afirma que “o uso de símbolos associados ao regime nazista representa uma afronta inaceitável à democracia, aos direitos humanos, à memória das vítimas do Holocausto e aos princípios que regem a universidade pública, gratuita, laica e socialmente referenciada”. Além disso, aponta que “tais manifestações não são meramente atos de vandalismo. São crimes previstos na legislação brasileira e ameaças concretas à convivência plural e respeitosa que deve prevalecer em qualquer ambiente educacional.”

A direção do campus de Marília, também em nota pública, ressalta que “a continuidade destes atos covardes e criminosos” não será tolerada. Reitera, ainda, “a importância da denúncia nos canais responsáveis da universidade como também fora dela”, e reforça a posição de combate a toda e qualquer forma de discriminação. “A Unesp é e sempre será para todos!”, conclui o documento.

O Sintunesp e a Adunesp convocam a todos a envidar esforços no sentido de identificação dos agressores, para que as condutas sejam devidamente tipificadas e seus autores responsabilizados civil e criminalmente. Da mesma forma, conclamam a Universidade – diante do seu profundo compromisso histórico com a educação – para que avance e aprofunde suas políticas educativas e formativas contra todas as formas de discriminação ainda presentes no cotidiano das relações sociais em nosso país.

Seguiremos defendendo e lutando por uma universidade pública, gratuita, democrática, de qualidade e socialmente referenciada nos interesses da maioria da população. Uma universidade em que servidores técnico-administrativos, docentes e estudantes pobres, pretos, pardos e indígenas ocupem cada dia mais o lugar que é seu por direito.

Racistas, fascistas e cia. não passarão!  


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