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As entidades que compõem o Fórum das Seis – sindicatos e organizações estudantis das três universidades e do Centro Paula Souza, entre elas o Sintunesp – reuniram-se em 8/4 para avaliar o retorno da rodada de assembleias de base realizadas até o dia anterior. Em todas elas, as categorias aprovaram a proposta de pauta unificada para 2025.
A reivindicação salarial sugerida pelo Fórum foi acatada por unanimidade e houve sugestões de acréscimos e maior detalhamento em alguns outros tópicos. Como historicamente o Fórum delibera por consenso, todas as propostas que alcançaram acordo entre as entidades foram inseridas.
Na base do Sintunesp, foram realizadas assembleias em 23 campi e na Reitoria. As sugestões foram todas encaminhadas para a reunião do Fórum.
Em https://bit.ly/PautaF625Corrigida, você confere tudo o que foi alterado na proposta inicial de Pauta Unificada encaminhada pelo Fórum. As mudanças acatadas estão em destaque amarelo e passam a compor o documento final da Pauta Unificada 2025. No site do Sintunesp, no item “Data-base 2025”, está disponível a versão final da Pauta.
Em todas as assembleias, o indicativo de reivindicação do Fórum das Seis para 2025 – recomposição das perdas salariais para voltarmos ao poder de compra de maio/2012 – foi referendado.
De acordo com os cálculos do Grupo de Trabalho (GT) Verbas, coordenado pela Adusp e com a participação de outras entidades do Fórum, a inflação dos 12 meses (maio/2024 a abril/2025) está estimada em 5,33%. Esse índice considera uma projeção de 0,5% em março e 0,5% em abril/2025 e, portanto, ainda pode ser alterado, para mais ou para menos, quando for divulgada a inflação oficial destes dois meses.
O índice de reposição necessário para voltarmos ao poder de compra de maio/2012 – mês/ano de referência do Fórum, por ser o de maior poder aquisitivo neste século – está estimado em cerca de 17,5%. Diferente de 2024, a pauta deste ano reivindica o pagamento do índice cheio em maio/2025, devido ao bom cenário econômico previsto. A arrecadação da quota-parte do estado de SP no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), da qual derivam os recursos destinados às universidades estaduais, está prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA) para R$ 181,886 bilhões. Esse valor é 17,5% maior que a estimativa inicial da Secretaria da Fazenda para 2024 (R$ 154,5 bi) e cerca de 10,5% superior ao valor final previsto para este ano após revisão, de R$ 164,5 bi.
Ainda segundo estudos do GT Verbas, o não pagamento integral da inflação desde maio/2012 já gerou um prejuízo correspondente a 21,5 salários para cada servidor/a docente e técnico-administrativa/o.
A Pauta Unificada 2025 não se limita às questões salariais. Outros pontos igualmente relevantes compõem o documento e a expectativa das categorias é que sejam integralmente debatidos e negociados entre as partes.
Neste ano, a pauta traz sete itens. Um dos tópicos diz respeito ao financiamento das universidades, tendo em vista o advento da reforma tributária. O Fórum das Seis propõe que já apresentemos, durante a tramitação da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, uma emenda defendendo a substituição dos atuais 9,57% da quota-parte do estado no ICMS (parâmetro atual) por 8,64% da Receita Tributária Líquida (RTL) do estado. Isso porque o ICMS será extinto gradativamente até 2033. O Fórum solicita que o Cruesp se some nesta defesa, uma vez que a proposta de um GT constituído pelos reitores para este fim (8,63% da RTL) é praticamente idêntica à do Fórum.
Neste ano, foi inserido na pauta um item específico sobre Previdência, no qual o Fórum reafirma a defesa da integralidade e paridade para as aposentadorias, tratamento isonômico entre pessoas aposentadas e da ativa e fim das contribuições de aposentadas/os e pensionistas. O tópico também reforça as solicitações apresentadas pelo Fórum no recém-criado GT Previdência com o Cruesp; é o caso de dados sobre aposentadorias, insuficiência financeira (a diferença entre o que as universidades arrecadam com as contribuições e o total pago em aposentadorias e pensões), projeção de contratações e aposentadorias para os próximos anos, comprometimento da folha para pagamento de aposentadorias e pensões, cálculos atuariais e adesão à previdência complementar (PrevCom).
A permanência estudantil conta com um item específico na Pauta Unificada 2025 e traz demandas como: políticas de cotas, moradia estudantil, restaurantes universitários, bolsas, saúde mental e outras. Também há reivindicações de dotação específica, a partir dos orçamentos das instituições, para assegurar políticas efetivas de acesso e permanência.
No item destinado às condições de trabalho e estudo, são abordadas questões relacionadas às creches, às contratações (sempre por concurso público), combate aos assédios e outras formas de violência, políticas de inclusão e diversidade, fim das terceirizações e reversão das já existentes, imediata climatização dos espaços de trabalho e estudo, entre outras. A defesa da isonomia entre trabalhadoras/es das instituições é um dos pontos defendidos.
No tópico voltado aos hospitais universitários e Centros de Saúde, a pauta indica a defesa do seu caráter público, contratações e outros, além de algumas reivindicações voltadas ao Iamspe.
O último ponto da pauta destina-se à defesa do reconhecimento do vínculo entre o Centro Paula Souza – que administra as escolas técnicas e faculdades de tecnologia públicas do estado – e a Unesp. O vínculo refere-se aos aspectos didáticos e científicos, administrativo e de resultados, mas não se aplica ao financiamento. Enquanto as universidades contam com dotação de um percentual fixo do ICMS, os recursos para o Centro são definidos diretamente pelo governo a cada ano. Até 1996, por conta do vínculo, os servidores e as servidoras docentes e administrativos/as do Centro tinham garantidos os mesmos reajustes aplicados nas universidades. Embora o vínculo esteja previsto por lei (artigo 15 da Lei 952/1976), o governo do estado sempre atuou para esvaziá-lo e acabar com ele, pois isso facilitaria a privatização das ETEC e FATEC. Considerando a vigência do vínculo até hoje, o item I da pauta – Recomposição salarial e isonomia – traz a reivindicação de recomposição das perdas salariais de servidores/as docentes e técnico-administrativos/as do Centro, de acordo com índices adotados pelo Cruesp nas universidades no período de 1996 a 2025.
O Fórum das Seis já solicitou o agendamento, ainda em meados de abril, de uma nova reunião com os técnicos do Cruesp, com o objetivo de debater o cenário econômico, arrecadação etc. A Pauta Unificada 2025, já fechada, será protocolada em 25/4, junto à reitoria da Unicamp, a quem cabe a presidência do Cruesp nos próximos 12 meses.
A expectativa do Fórum é pelo agendamento de uma primeira mesa de negociação o quanto antes, respeitando a data-base, que é 1o de maio.
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