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O reajuste de 20,67% em março/2022, embora expressivo, corre o risco de esfarelar rapidamente, devido ao ritmo galopante da inflação. Somente nos meses de março e abril/2022 (após o reajuste), já temos 2,77% de inflação acumulada (medida pelo INPC-IBGE). Os preços não param de subir e cada ida ao supermercado é motivo de susto e preocupação.
O Fórum das Seis protocolou a Pauta de Reivindicações da data-base de 2022 no dia 13/4, acompanhada de um ofício solicitando o agendamento de reunião. Passados 40 dias desde então, sequer houve resposta ao ofício.
É preciso que o reitor Tom Zé, da Unicamp e atual presidente do Conselho de Reitores/Cruesp, marque uma data para iniciar esta discussão. As entidades representativas esperam que o clima de diálogo e respeito, presente nas reuniões deste ano, seja mantido e aprofundado.
Na última reunião com as entidades que compõem o Fórum das Seis, em 17/3, o Cruesp comprometeu-se a reativar o grupo de trabalho (GT) criado em 2021 e que não havia avançado. Desde então, já se passaram mais de dois meses e nada! Sequer uma resposta aos ofícios do Fórum foi dada.
A formação deste GT destina-se a dois pontos centrais:
O compromisso assumido pelos reitores foi o de realizar rapidamente uma primeira reunião do GT, na qual Fórum e Cruesp listariam os estudos e levantamentos que precisam ser feitos pelas universidades para subsidiar a construção de propostas para os dois pontos acima. Reitor Tom Zé, é preciso agendar a reunião e manter a palavra empenhada pelo Cruesp!
Reunidas em 19/5, em Campinas, as entidades que compõem o Fórum das Seis aprovaram a realização de um primeiro ato público na data-base 2022. Vai ser no dia 31 de maio, terça-feira da próxima semana, às 13 horas, em frente à reitoria da Unicamp, casa do atual presidente do Cruesp, professor Tom Zé.
O objetivo é cobrar o agendamento de uma reunião para discussão da Pauta Unificada deste ano e, também, que tenham início as reuniões do GT Salarial, conforme acordado entre as partes.
Fique atento/a à convocação da sua entidade e participe!
A arrecadação do ICMS (quota-parte do estado) em abril/2022 foi de R$ 12,520 bi, o que significa um crescimento nominal de 23,9% em comparação com abril/2021. Em março/2022, a arrecadação já havia sido de surpreendentes R$ 13,36 bilhões.
O acumulado janeiro a abril/2022 está em R$ 48,922 bi, aproximadamente 16,44% maior do que igual período de 2021. A arrecadação de janeiro a abril/22 é cerca de 6,6% maior do que deveria ser, no mesmo período, para uma arrecadação anual de R$ 142,873 bi (prevista pela Secretaria da Fazenda do Estado na LOA/2022), apontando para uma arrecadação total em 2022 significativamente maior do que a usada para compor os orçamentos das universidades deste ano.
Estes bons resultados da arrecadação, que se acumulam desde o quarto mês após o início da pandemia, somados aos anos de arrocho salarial, levaram as universidades a uma situação financeira bastante confortável. É perfeitamente possível zerar a inflação dos últimos 10 anos (como mostra o quadro maior) e valorizar as trabalhadoras e os trabalhadores.
O reajuste de 20,67% em março deste ano praticamente não trouxe impacto às finanças das universidades. O comprometimento do repasse de ICMS, fonte principal dos recursos, com folha de pagamento teve uma mínima subida, mantendo-se abaixo dos 70% previstos. Compare no quadro.
O quadro abaixo é bem revelador da corrosão causada pela inflação ao poder de compra dos nossos salários. O Fórum das Seis utiliza como parâmetro a inflação medida pelo Dieese até 2019 (quando o órgão deixou de apurá-la) e, a partir daí, o INPC calculado pelo IBGE. Para efeito de comparação, o quadro traz também a inflação FIPE (indicador usado pelo Cruesp).
Note que, somente nos últimos 12 meses (maio/2021 a abril/2022), a inflação medida pelo INPC-Dieese soma 12,47%.
De maio/2012 (data de referência do Fórum das Seis) a abril de 2022, temos 85,43% de inflação. Como recebemos um reajuste total de 53,27% neste mesmo período, falta uma correção de 20,99% para voltarmos ao poder aquisitivo de maio/2012. Importante ressaltar que, em nenhum momento, estamos falando de aumento real de salários, mas apenas de reposição inflacionária.
O Fórum das Seis quer discutir estes números no âmbito do GT Salarial, com o objetivo de construir uma proposta conjunta de reposição das perdas passadas e mecanismos para evitar novos prejuízos.
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