O Centrinho é da USP: Sintunesp apoia luta contra a entrega do HRAC de Bauru às organizações sociais

O Centrinho é da USP: Sintunesp apoia luta contra a entrega do HRAC de Bauru às organizações sociais

O Sintunesp é uma das dezenas de entidades sindicais e populares que assina uma carta aberta em defesa do Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais, o HRAC. Vinculado à USP de Bauru, o Centrinho, como é carinhosamente chamado, é internacionalmente reconhecido por sua excelência no tratamento de milhares de pacientes do Brasil e do exterior.

A carta, dirigida ao reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, à vice-reitora, Maria Arminda do Nascimento Arruda, e ao Conselho Universitário, pede a revogação de uma resolução aprovada em 2014, que autorizava a desvinculação do HRAC da USP. Desde aquele ano, não houve desdobramentos da medida, em boa parte pela falta de interesse do governo estadual em assumir o Centrinho. Nas últimas semanas, no entanto, o assunto voltou à baila com a declarada intenção da USP de entregar a sua gestão a alguma organização social (OS), ou seja, a uma entidade privada que lucra com os serviços de saúde.

A notícia impulsionou uma forte mobilização dos trabalhadores do Centrinho, pacientes e ex-pacientes, e ganhou o apoio em amplos setores da comunidade. Diz um trecho da carta:

“A força motriz dessas mobilizações combina o desejo e a determinação de fazer o que seja necessário para manter o Centrinho como parte inseparável dessa Universidade, com o repúdio aos iniludíveis conflitos de interesses que se expressam: Em primeiro lugar no fato de que entre os que propuseram, defenderam e votaram a desvinculação do HRAC estavam os professores ligados às fundações das faculdades de medicina da USP da capital e de Ribeirão Preto. Fundações estas que agora estão disputando com outras a gestão do HRAC. Em segundo lugar, no discurso falacioso de que a desvinculação dos hospitais seria uma forma da Universidade eliminar gastos, quando de fato, no caso do HRAC, a Universidade vai seguir pagando um corpo de mais de quinhentos funcionários de elevado nível técnico, para que esses prestem serviços para uma instituição de direito privado (OS’s).”

O documento reivindica ao reitor e ao Conselho Universitário que pautem o assunto novamente e que a resolução de 2014 seja revogada, mantendo na USP um dos melhores hospitais do mundo em reabilitação de anomalias craniofaciais.

Audiência pública e ato

O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) convida para duas atividades em defesa do Centrinho:

- Na segunda-feira, 28/3, 18h, audiência pública virtual, organizada pelo deputado Carlos Giannazi. A transmissão será feita pelo link https://www.youtube.com/c/AlespOficial

- Na terça-feira, 29/3, às 13h, ato em frente à reitoria da USP, no campus Butantã.

Assine petição: Centrinho fica na USP

https://peticaopublica.com.br/?pi=BR123667 


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