Assembleia do Sintunesp aprova indicativo de paralisação em 15/7, dia de nova negociação com os reitores

Assembleia do Sintunesp aprova indicativo de paralisação em 15/7, dia de nova negociação com os reitores

A assembleia geral realizada pelo Sintunesp em 21/6/2021, por plataforma virtual, abriu espaço para um esclarecedor debate entre os servidores técnico-administrativos das muitas unidades presentes. Diretores do Sindicato deram informes sobre a primeira negociação entre o Fórum das Seis – que representa os sindicatos das universidades – e o Conselho de Reitores (Cruesp), ocorrida no dia 10/6, e a respeito da proposta de mobilização e paralisação das atividades em 15/7, data da segunda negociação.

Ao final das discussões, foi aprovado o indicativo de paralisação no dia 15/7, com atividades nos campi, entre elas a de assistir a negociação (o Cruesp comprometeu-se a transmiti-la). Também foi indicado aos representantes do Sintunesp nos campi que busquem atuar conjuntamente com os docentes e estudantes para preparar e divulgar as atividades na imprensa local. A mobilização deve estar centrada nos eixos centrais da data-base 2021: luta contra o arrocho, por valorização dos níveis iniciais das carreiras e por medidas de proteção à vida

Indignação

Vários trabalhadores fizeram uso da palavra durante a assembleia. Em muitas das falas, ficou clara a indignação com a situação da categoria nestes últimos anos, especialmente com os seguintes fatos:

- O forte arrocho salarial: Estudos do Fórum das Seis mostram que nossos salários perderam em torno de um terço de seu poder de compra desde maio/2012. Somente para nos devolver o que a inflação “comeu” desde maio/2012, por exemplo, precisaríamos de uma reposição de 29,83%. A Pauta 2021 pede uma recuperação salarial em maio/2021 de, no mínimo, 8%, e um plano de médio prazo para a recuperação destas perdas.

- A quebra da isonomia de reajustes com as universidades irmãs: A Unesp não honrou os índices acordados com o Cruesp em maio/2016 (3%) e em maio/2019 (2,2%). Este último índice finalmente foi pago no início de 2020, mas sem os retroativos. O calote dos 3% já completa cinco anos. Mas NADA impede que a atual reitoria dê fim a este absurdo: há caixa para isso (a Universidade já tem mais de R$ 700 milhões em reservas) e não há nenhuma restrição legal ao pagamento.

- O discurso contraditório da atual reitoria: Enquanto se baseia nas pretensas “restrições” impostas pela LC 173/2020 para negar reajuste salarial, a reitoria corrige os valores das diárias em 55%. A justificativa é que a lei que autoriza essa correção é anterior à LC 173. Ora: os 3% também são anteriores a essa lei.

- O não cumprimento da deliberação do CO, em dezembro de 2020, que inscreveu no orçamento da Unesp em 2021 um recurso de R$ 6 milhões para o patrocínio ao Plano de Saúde.

- O congelamento do vale-alimentação desde 2014: Quem vai ao supermercado vê a quantidade de sacolas diminuir a cada dia.

- O congelamento da nossa carreira desde 2015, muito antes de sequer sonharmos com a pandemia.

- O esvaziamento dos quadros de pessoal: Sem contratações há seis anos, a sobrecarga de trabalho cresce a cada dia!

             

BASTA! TEMOS QUE REAGIR E LUTAR!

 


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