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Expressão de lutas históricas da classe trabalhadora pelo mundo, o 1º de Maio tem suas raízes em Chicago, nos Estados Unidos, numa greve geral realizada em 1886, que tinha como reivindicação a jornada de oito horas diárias.
A violenta repressão ao movimento, com mortes e prisões, fez com que a data fosse transformada no Dia Internacional dos Trabalhadores.
No Brasil, o 1º de Maio é feriado nacional desde 1925 e se transformou em dia de protestos e manifestações políticas.
Em 2025, além das pautas tradicionais – relacionadas à defesa de empregos, salários e condições dignas de trabalho para todos – ganhou força a reivindicação de fim da escala 6 X 1, regime que prevê seis dias consecutivos de trabalho, com apenas um de descanso. A mobilização é impulsionada pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que ganhou força nas redes sociais em 2023 e cresceu expressivamente a partir da apresentação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).
A PEC 8/2025 propõe a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais. O texto altera o previsto no artigo 7º da Constituição, de modo a possibilitar uma jornada de quatro dias na semana, com o máximo de oito horas diárias. “A escala 6 X 1 suga a saúde e a vida dos trabalhadores”, justificou a parlamentar, lembrando que a mudança é essencial para garantir dignidade, descanso e qualidade de vida. “Além disso, a medida poderá fomentar a geração de novos postos de trabalho”, acrescentou.
Embora não citada diretamente na Constituição, a escala 6 X 1 é permitida pela legislação trabalhista do Brasil, desde que respeitado o limite semanal de 44 horas. A prática é mais comum em setores como comércio e serviços, impondo jornadas exaustivas e comprometendo a saúde física e mental dos trabalhadores.
A crítica ao regime é antiga, mas se intensificou a partir do surgimento do movimento VAT, liderado por Rick Azevedo, um ex-caixa de farmácia que viralizou em um vídeo no TikTok ao relatar sua extenuante jornada de trabalho e questionar a ausência de mobilização da classe trabalhadora para mudar a situação. “Somos humanos, não máquinas. Queremos ter tempo para viver, estudar, cuidar dos nossos filhos, fazer cultura e descansar”, disse Rick, que foi eleito vereador pelo PSOL no Rio de Janeiro.
A escala 6 X 1 não está prevista entre os trabalhadores efetivos das universidades estaduais paulistas, mas é uma realidade entre muitos dos terceirizados que prestam serviços a elas.
O Sintunesp apoia a mobilização pelo fim desse regime abusivo de trabalho e conclama a categoria a participar dos atos previstos no 1º de Maio. Informe-se e participe!
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