Solidariedade aos marinheiros da USP, ameaçados de demissão e perda de direitos  

Solidariedade aos marinheiros da USP, ameaçados de demissão e perda de direitos   

Na manhã de 1º/11/2023, um novo ato foi realizado no Porto de Santos, em defesa dos 30 marinheiros que atuam nos navios Alpha Crucis e Alpha Delphini, funcionários do Instituto Oceanográfico (IO) da USP.

Organizados pelo Sintusp, eles resistiram a mais uma investida da reitoria da USP, que os pressiona a deixarem as embarcações e se conformarem em ser demitidos sem recebimento de seus direitos.

O anúncio das demissões, em maio deste ano, aconteceu após a súbita decisão do reitor Carlos Gilberto Carlotti Jr. de ressuscitar um processo administrativo iniciado 14 anos atrás (2009), sob a alegação de os trabalhadores teriam sido contratados de modo “ilícito”, sem concursos públicos. Ocorre que eles sempre receberam salários, FGTS e demais direitos diretamente da USP. Alguns estão na Universidade desde a década de 1980. Se há erros, foram cometidos pela USP e não pelos trabalhadores.

Além de romper os contratos de trabalho e se recusar a pagar seus direitos, a reitoria da USP contratou uma empresa terceirizada (Brasil Atlântico Treinamento Infraestrutura e Serviços Marítimos Ltda) para substituí-los e quer impor a realização da transição sem antes resolver a situação dos marinheiros.

A professora Michele Schultz, coordenadora do Fórum das Seis e presidenta da Adusp, participou do ato no dia 1º/1. Impedida de entrar pela Guarda Universitária da USP, que havia recebido ordens do diretor do IO, Paulo Sumida, ela manifestou solidariedade aos tripulantes e à representação do Sintusp.

O Fórum das Seis repudia qualquer tentativa truculenta de desembarcá-los e insta a reitoria da USP a buscar uma solução que garanta o diálogo democrático com as entidades representativas e os direitos dos trabalhadores.

Imprimir