O Conselho de Reitores – Cruesp comprometeu-se a dialogar, mas optou por repetir velhas práticas e estabelecer relações antidemocráticas com as entidades representativas de servidores/as docentes, técnico-administrativos/as e estudantes. Depois da negociação em 17/3/2022, foram seis ofícios solicitando agendamento de reuniões e dois atos públicos, em 31/5 e 30/8/2022, na Unicamp. Não houve qualquer resposta do reitor Tom Zé e dos demais integrantes do Cruesp – Pasqual Barretti, da Unesp, e Carlos Gilberto Carlotti Júnior, da USP.
Inflação, salários, valorização dos níveis iniciais das carreiras, permanência estudantil... Queremos discutir a Pauta Unificada da Data-Base 2022! Queremos o início dos trabalhos do GT Salarial, acordado entre Fórum das Seis e Cruesp para debater a reposição de perdas salariais históricas e propostas de valorização dos níveis iniciais das carreiras.
Indicativos às assembleias: novo ato em 18/10, na Unicamp, e paralisação nas unidades
Chega de intransigência e autoritarismo. Vamos mostrar nossa indignação!
O Fórum das Seis convida para novo ato público estadual no dia 18/10, às 11h, na Unicamp, com proposta de paralisação nas três universidades. A coordenação do Fórum já enviou ofício ao reitor Tom Zé, mais uma vez solicitando que receba uma comissão de representantes durante o ato.
Participe da assembleia da sua entidade para discutir os indicativos e montar a caravana para o ato. As assembleias devem acontecer até 13/10. No dia seguinte, o Fórum volta a se reunir para preparar as atividades do dia 18/10.
Poder de compra e inflação: 16,8 salários perdidos desde maio/2012
A tabela 1 abaixo mostra a inflação de agosto/2022, salário real e reajustes necessários para que voltemos ao poder aquisitivo de maio/2012. A sigla SR-Índice mostra que o poder aquisitivo do salário de agosto/2022, recebido em setembro/2022, é de 82,56% em relação ao de maio/2012. Para recompor esta perda e voltarmos ao poder de compra de maio/2012, seria necessário um reajuste de 21,12% em agosto/2022. Portanto, em cerca de 10 anos, deixamos de receber o equivalente a 16,8 salários.
A tabela 2 aponta o comprometimento das universidades com folha salarial e reflexos, em queda mês a mês. Trata-se do menor comprometimento desde a autonomia, obtida após a greve das estaduais paulistas em 1988.
Dinheiro tem!
A arrecadação do ICMS, imposto do qual derivam os recursos para as universidades estaduais paulistas, segue com bom desempenho desde o segundo semestre de 2020. A Secretaria da Fazenda do Estado, inclusive, já atualizou a previsão de arrecadação do ICMS-Quota Parte do estado para 2022 (para R$ 152 bilhões, ante os R$ 142,8 bilhões previstos na Lei Orçamentária Anual-LOA 2022 e que foram utilizados na confecção das peças orçamentárias das universidades estaduais para este ano), o que vai gerar mais créditos suplementares às instituições ainda este ano.