Inflação em alta, Cruesp em silêncio! Sintunesp indica rodada de assembleias de base até 19/8: Vamos discutir os indicativos de mobilização

Inflação em alta, Cruesp em silêncio! Sintunesp indica rodada de assembleias de base até 19/8: Vamos discutir os indicativos de mobilização

Apesar das seguidas cobranças, o Conselho de Reitores (Cruesp) segue ignorando os pedidos de reunião para discutir a nossa Pauta de Reivindicações 2022, protocolada em 13/4. Diante disso, as entidades que compõem o Fórum das Seis, entre elas o Sintunesp, estão convocando uma rodada de assembleias, a serem realizadas até 19 de agosto.

O objetivo é discutir indicativos de mobilização, entre eles o não início do segundo semestre letivo, caso não haja agendamento de reunião de negociação da nossa data-base pelo Cruesp.

Nas duas reuniões realizadas entre Fórum das Seis e Cruesp neste ano – nos dias 7 e 17/3/2022 – o discurso dos reitores Pasqual Barretti, Antonio José de Almeida Meirelles (Tom Zé) e Carlos Gilberto Carlotti Junior, respectivamente da Unesp, Unicamp e USP, era de que estava se iniciando uma nova etapa nas relações entre as reitorias e as representações das categorias, desgastadas nos últimos anos. No entanto, os meses que se seguiram levam a crer que o discurso de diálogo democrático e permanente não era para valer. No ato público realizado em Campinas, no dia 31/5, embora presente na reitoria, o reitor Tom Zé, atual presidente do Cruesp, recusou-se a receber uma comissão do Fórum.

Sob o risco de afundarmos em uma nova etapa de corrosão salarial e desrespeito à comunidade, é preciso reagir. Sem mobilização, nossa voz não será ouvida e nosso poder aquisitivo descerá ladeira abaixo.

Orientação: Diretores de base e militantes do Sintunesp devem agendar a assembleia na unidade e informar a data de realização e posterior resultado para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Ao final da rodada, o Sintunesp realizará a tabulação dos indicativos aprovados e os apresentará na reunião do Fórum das Seis, assim como farão as demais entidades sindicais. 

De maio/2012 até agora, perdemos 16,5 salários!

Quem vai ao supermercado sente na pele a tenebrosa escalada dos preços dos alimentos. Em junho/2022, a inflação medida pelo INPC-IBGE ficou em 0,62%. Com isso, o acumulado de março a junho deste ano está em 3,87%. Se o Cruesp continuar se recusando a receber o Fórum das Seis, fazendo de conta que a inflação não existe, muito em breve o reajuste de 20,67%, recebido em março/2022, terá se transformado em poeira, como mostra o gráfico abaixo.

Veja estes números:

- De maio/2012 a junho/2022, a inflação (Dieese-INPC), soma 87,41%.

- Em igual período, já contabilizando os 20,67% em março/2022, tivemos 53,27% de reajuste.

- O comprometimento médio das universidades com folha de pagamento manteve-se quase inalterado após o reajuste de março/2022: 68,81%, segundo planilha do Cruesp em junho/2022.

- Para voltarmos ao poder aquisitivo de maio/2012, precisaríamos de um reajuste de 22,23% em junho/2022.

- A inflação que deixou de ser paga neste período corresponde a 16,5 salários não recebidos por cada servidor técnico-administrativo e cada docente, ou seja, 1 ano e 8 meses trabalhados de graça.
 

O que queremos

  1. Agendamento de reunião para discussão da Pauta Unificada de Reivindicações 2022, relativa à data-base deste ano, definida a partir dos debates e encaminhamentos de todas as categorias envolvidas. A Pauta foi protocolada junto ao Cruesp em 13/4/2022.

  1. Definição da data para a primeira reunião do grupo de trabalho (GT), cuja reativação foi acordada entre as partes na negociação de 17/3/2022. Naquela oportunidade, o Cruesp comprometeu-se a agendá-la para breve, tendo como objetivo listar os estudos e levantamentos que precisam ser feitos pelas universidades para subsidiar a construção de propostas para um plano de reposição das perdas históricas e para um plano de valorização dos níveis iniciais das carreiras.

 

Há espaço financeiro nas universidades para discutirmos e implementarmos um plano de recuperação de nossas perdas e de valorização dos níveis iniciais das carreiras. Cadê o diálogo, senhores reitores?

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